Sobre
O que é o GEPEF?
Criado em 2018 por algumas pesquisadoras das áreas de Filosofia e Psicanálise, o Grupo de Estudos, Pesquisas e Escritas Feministas - o GEPEF - é um coletivo feminista que produz textos e discute ideias, dentro e fora da academia, assim como consolida e difunde produções de outras mulheres. O espaço coletivo é cuidado para que seja democrático e seguro. Queremos abarcar críticas, discordâncias e diferenças como aspectos construtivos, estimulantes e profícuos ao desenvolvimento de todas as nossas atividades. As tensões e convergências discursivas e a pluralidade de pensamentos e posições são importantes para que as mais amplas formas de vida sociopolítica e cultural possam existir no Brasil.
O objetivo do GEPEF é construir um solo comum a partir de trocas e entrecruzamentos dos trabalhos realizados pelas membras e entre estas e outras mulheres afinadas às nossas produções intelectuais. O GEPEF visa abrir e ganhar espaços públicos a partir da articulação de tais discursos e trabalhos. Queremos que pautas feministas interseccionais (classe, raça e gênero) alcancem esferas sociais, políticas, econômicas e culturais que estão em grande parte restritas a poderes alinhados ao patriarcado. Em certa medida, transformar e dar corpo a essa produção significa buscar lugares mais igualitários, múltiplos e complexos de participação, nos quais as mais variadas formas de linguagem e as mais diversas vozes possam circular e ocupar áreas de poder.
Essa malha tecida conjuntamente estabelece laços com outras pessoas individualmente e com outros coletivos, redes e instituições parceiras. Esses interesses comuns e singulares produzem iniciativas como cursos, seminários, eventos, traduções, publicações e projetos diversos.
Como integrar o GEPEF?
As membras do GEPEF participam regularmente de encontros com discussões de textos produzidos por elas. Para se candidatar a entrar efetivamente no coletivo é necessário participar dos encontros com regularidade. Com isso, será possível avaliar se há ou não afinidade entre as formas de trabalho da membra-candidata e do GEPEF. Caso você passe a ser uma membra, uma de nós ficará responsável pela sua integração ao grupo de modo mais amplo.
Como o GEPEF funciona politicamente?
– A coordenação do GEPEF é votada semestralmente;
– Consideramos a mudança regular de coordenação importante para que não haja concentração de poder;
– Os diferentes estilos das coordenadoras imprimem marcas em nosso modelo de funcionamento e com as alternâncias incorporamos e adensamos essa multiplicidade de formas de trabalho, tanto em nossas produções, como em nossas dinâmicas de trocas.
– Quando uma membra quer desenvolver algum projeto, ela fica responsável por ele, remetendo-se ao GEPEF e à coordenação. Com isso, torna-se possível viabilizar o projeto como parte do GEPEF e fazer com que as demais membras, caso queiram, participem das diversas frentes de atuação.
Quem somos
Alessandra Affortunati Martins
Psicanalista, filósofa e escritora. Pesquisadora da Cátedra Edward Saïd (UNIFESP), colunista da Revista CULT, doutora em Psicologia Social e do Trabalho pela Universidade de São Paulo (USP), membra do Grupo de Trabalho em Filosofia e Psicanálise da Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia (ANPOF, Brasil) e do Grupo de Estudos, Pesquisas e Escritas Feministas, (GEPEF, Brasil). Foi Gastwissenschaftlerin na ZfL-Berlin (Zentrum für Literatur-und Kulturforchung) e Honorary Researcher Fellow da Birkbeck, University of London. Realizou pós-doutorado em Filosofia e Psicanálise na FFLCH-USP. É autora de Breve história da carne (Iluminuras, 2023), O sensível e a abstração: três ensaios sobre o Moisés de Freud (E-Galaxia, Coleção Peixe-elétrico ensaios/2020), de Sublimação e Unheimliche (Coleção Clínica Psicanalítica/Pearson, 2017), e coeditora de Freud e o Patriarcado (Hedra/FAPESP, 2020).
Aline Souza Martins
Professora Doutora no Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. Doutora em Psicologia Clínica pela Universidade de São Paulo (2020). Estágio no exterior: Birkbeck University of London (2018). Mestre em Psicologia Clínica pela Universidade de São Paulo (2014). Graduação em Psicologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (2011). Participa do Grupo de Estudos, Pesquisas e Escritas Feministas (Gepef) e do Laboratório de Psicanálise, Sociedade e Política (Psopol). Tem experiência na área de: psicanálise, psicologia social, feminismo, gênero, filosofia política, adolescência, criminalidade. Escreve artigos na área de psicologia, psicanálise e política, gênero e feminismo, dentre eles o texto “O outro lado da violência: escutando adolescentes envolvidos na guerra do trafico” (2015) vencedor do prêmio Marcus Vinícius (CRP). Autora do livro Por que a guerra? Política é subjetividade de jovens envolvidos no tráfico de drogas: um ensaio sem resposta (2024).
Ana Minozzo
Psicanalista e pesquisadora em Londres, Reino Unido. Ana é Doutora e Mestre em Estudos Psicossociais pela Birkbeck, Universidade de Londres e atualmente é pesquisadora de pós-doutorado em Estudos Psicossociais do projeto FREEPSY, na Universidade de Essex. Ela tem experiência em serviços de saúde mental comunitários e sua prática clínica se desdobra em relação aos temas da psicose, gênero, sexualidade e migração. Ana é membro do The Site for Contemporary Psychoanalysis e colaboradora do projeto Psychosis Therapy Project, em Londres, Reino Unido. Ana também é membro do GEPEF. Sua pesquisa cruza os campos das humanidades médicas, da filosofia feminista e da investigação psicossocial e seu livro Anxiety as Vibration: A Psychosocial Cartography foi publicado pela Palgrave em 2024.
Bárbara Oliveira Paulino
Psicóloga e mestra pela Universidade Federal de Minas Gerais. Co-autora do livro Acabou a autoridade? Professor, subjetividade e sintoma. Atua como psicóloga, psicanalista e supervisora. Tem interesse pelos temas feminismo, psicanálise e literatura.
Fillipa Silveira
Professora adjunta do Instituto de Filosofia da Universidade Federal de Uberlândia. Doutora em Filosofia pela Universidade Federal de São Carlos (2016). Mestre em Filosofia (Master of Arts) pelas universidades Ruhr-Universität Bochum, Université Catholique de Louvain-la-Neuve e Université de Toulouse II - Le Mirail (2009), tendo concluído o programa Master Erasmus Mundus EuroPhilosophie. Mestre em Filosofia pela Universidade Federal do Ceará (2007). Graduada em Ciências Sociais pela mesma instituição (2005). Atua nas áreas de Filosofia Francesa Contemporânea (com ênfase no pensamento de Michel Foucault), Ética e Filosofia Política e em áreas interdisciplinares afins às Ciências Humanas. Pesquisa sobre o problema da subjetividade e seus desdobramentos em temas como os feminismos, a crítica ao antropologismo, e os discursos sobre o humano na filosofia contemporânea.
Francielle Alves
Psicanalista em Maceió e Online, pesquisadora, ensaista e escritora, colaborou com projetos como a Mandala Lunar®️. Feminista, compõe o Movimento de Mulheres Camponesas (@mmc_al). Criadora da IACI®️: trabalho tecido entre arte, feminino e mulheres (@iacimulher). Co-fundadora do P_A_F: Grupo de Trabalho e Pesquisa em Psicanálise, Arte e Feminismo (@psicanaliseartefeminismo). Membra do GEPEF: Grupo de Estudos Pesquisas e Escritas Feministas. Psicóloga (CRP 15-6693) pela Universidade Federal de Alagoas e Cientista Aeronáutica pela UNESA-PROUNI.
Graziela Marcheti
Graduada em Psicologia e mestra em Psicologia Social da Arte pelo Instituto de Psicologia da USP. Atualmente, coordena a programação de cinema do CineSesc/SP, assim como coordena a programação de streaming de cinema da Plataforma do Sesc Digital.
Jéssica Kellen Rodrigues
Professora e pós-doutoranda em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). É membra do Grupo de Estudos de Metafísica e Política (GEMP) da UNICAMP, do Grupo de Estudos Luiz Gama (GELG) da UFRB e do Grupo de Estudos, Pesquisas e Escritas Feministas (GEPEF). Suas pesquisas abrangem temas como Feminismo Negro, Epistemologia, Psicanálise, Flosofia da Natureza, Teoria Crítica da Raça e Filosofia Moderna.
Léa Silveira
Filósofa, Professora na Universidade Federal de Lavras, pesquisadora CNPq. É membra do GT ANPOF Filosofia e Psicanálise, da Sociedade Internacional de Psicanálise e Filosofia (SIPP-ISPP), da Rede Brasileira de Mulheres Filósofas e do Grupo de Estudos, Pesquisas e Escritas Feministas (GEPEF). Autora de A travessia da estrutura em Jacques Lacan (Blucher, 2022) e de Assim é mulher por trás do seu véu? Temas feministas em psicanálise (n-1, 2024), organizadora de Freud e o patriarcado (Hedra/Fapesp, 2020) e de Limiares – Desafios contemporâneos da psicanálise (Blucher, 2024).
Lívia Santiago Moreira
Psicanalista feminista, Psicóloga (UFMG) e Especialista em Teoria Psicanalítica (UFMG). Mestre em Psicologia Clínica (IPUSP). Membra do GEPEF (Grupo de Estudos, Pesquisas e Escritas Feministas) e Integrante do GPDH - Grupo de Pesquisa em Direitos Humanos, Democracia, Política e Memória do Instituto de Estudos Avançados (GPDH/IEA-USP).
Maria Letícia de Oliveira Reis
Psicanalista. Psicóloga formada pela PUC- Minas. Doutora em Psicologia Clínica pela USP. Autora de Infância e memória (2015) e curadora de Perché mi Piace (2018). Pesquisadora da memória, escrita feminina e psicanálise literária.
Mariah Neves Guerra
Psicanalista em Brasília e online, pesquisadora e escritora. Doutora em Psicologia Clínica e Cultura pela Universidade de Brasília (Bolsa Capes UnB/2023). Mestre em Psicologia pela Universidade Federal de Goiás (Bolsa Capes UFG/2017). Formada em Psicologia pela Universidade Federal de Goiás (UFG/2013). É membra do GEPEF (Grupo de Estudos, Pesquisas e Escritas Feministas) e sócia da APOLa Brasília (Apertura Para Outro Lacan). Sua clínica e pesquisa são tecidas pelos temas de gênero, sexualidade, feminismo, angústia, violência e invenção na vida e na arte. Também dança, borda e faz cerâmica.
Priscila Frehse Pereira
Psicanalista, autora de Transferência negativa: manejo e limites na clínica psicanalítica (Artes&Ecos), doutora em Psicologia Clínica (IP-USP), mestre em Estudos Linguísticos (UFPR), psicóloga (CRP 06/179931. Membro do Grupo de Estudos, Pesquisas e Escritas feministas (GEPEF) e do Grupo Brasileiro de Pesquisas Sándor Ferenczi (GBPSF).
Silvana de Souza Ramos
Graduada, mestre, doutora e pós-doutora em Filosofia pela Universidade de São Paulo. Fez doutorado-sanduiche na Université Paris I - Panthéon/Sorbonne (2008-2009), sob supervisão de Renaud Barbaras. Desde 2014, é docente do Departamento de Filosofia da USP; desde 2018, Livre Docente; desde 2015, docente do PPGFil/USP; desde 2023, docente do PPG Multidisciplinar em culturas e identidades brasileiras do IEB/USP. Tem experiência na área de Filosofia, com ênfase em Ética e Filosofia Política, em Filosofia Francesa Contemporânea, Filosofia Brasileira e Estética. Estuda intersecções entre filosofia, feminismo, política e forma estética. Dirige o Grupo de Estudos de Política e Subjetividades (DF/USP), do qual participam seus orientandos de graduação e de pós-graduação. É editora dos Cadernos espinosanos (USP), integrante do Conselho Editorial da Enciclopédia da Filosofia Brasileira, e membro do corpo editorial de diversas revistas na área de Filosofia. É também membro dos seguintes Grupos de Trabalho da Anpof: GT Filosofia Francesa Contemporânea e GT Raça, Gênero e Classe, GT Pensamento Filosófico Brasileiro, e uma das administradoras da Rede Brasileira de Mulheres Filósofas. É autora de Corpo e mente (WMF Martins Fontes, 2010), de A prosa de Dora: uma leitura da articulação entre natureza e cultura na filosofia de Merleau-Ponty (Edusp, 2013) e de Ensaios sobre democracia: descrições de um corpo despedaçado (Politeia, no prelo). Atualmente estuda a obra de Gilda de Mello e Souza, filósofa e crítica de arte brasileira, e prepara um filme sobre a obra das filósofas no Brasil.
Virginia Helena Ferreira da Costa
Professora doutora de Teoria das Ciências Humanas do Departamento e do Programa de Pós-graduação em Filosofia (FFLCH-USP). Fez pós-doutorado (bolsista PNPD-Capes) em Filosofia na Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) (2019-2024). Doutora (2019), Mestra (2014) e Graduada (2010) em Filosofia (USP). Fez intercâmbio na New School for Social Research (2015-2016); na Universidade Paris VII-Diderot (2013-2013) e na Universidade Paris I - Panthéon Sorbonne (2008-2009). É organizadora e tradutora de Theodor Adorno (Estudos sobre a personalidade autoritária, Unesp, 2019) e de Ruth Brunswick (Escritos reunidos, Quina, 2023). É membra do GEPEF, do GT de Teoria Crítica da ANPOF, do LAFITA-UFRJ, Nexos Sudeste (UFABC) e do Núcleo do Direito e Democracia-Cebrap. Coordenadora do grupo de estudos Filitrans (Filosofias das "Identidades" Transviadas). Tem como foco o desenvolvimento de pesquisas relativas à filosofia contemporânea, ética e política, teoria crítica, psicanálise e teorias feministas, concentrando-se notadamente nos trabalhos de Freud, Jessica Benjamin, Judith Butler e Theodor Adorno.